Existem uma série de doenças sexualmente transmissíveis que colocam em risco a saúde do trato urinário e do organismo de um modo geral.
O que são as doenças sexualmente transmissíveis?
São doenças que são transmitidas de uma pessoa a outra através do contato sexual. Podem ser assintomáticas por um tempo, como também podem causar dor e irritação desde o início, debilitando a saúde da pessoa.
Qual a causa destas doenças?
A origem destas doenças pode ser por bactérias ou por vírus que vivem bem em ambientes do nosso corpo. A transmissão destes agentes pode se dar através de fluidos durante o ato sexual (vaginal, anal e oral). A transmissão destes agentes infecciosos também pode acontecer pelo contato com sangue infectado, como no momento do nascimento por exemplo, ou em outras situações de risco.
Podem afetar homens e mulheres em qualquer idade e qualquer nível socioeconômico. As pesquisas apontam os adolescentes e adultos jovens como grupos de maior ocorrência de certos tipos de DST, por apresentarem mais frequência de atos sexuais e números de parceiros.
Quais os sintomas das DST?
Muitas doenças sexualmente transmissíveis não apresentam sintomas. Outras vezes, alguns sintomas podem indicar que algum tipo de DST pode estar acontecendo:
- odor vaginal diferente
- dor na região pélvica
- ardência na região genital
- coceira
- dor ou ardência para urinar
- bolhas, nódulos ou vermelhidão na região genital
O exame clinico feito pelo médico é imprescindível para o diagnóstico de qualquer tipo de DST.
Selecionei abordar inicialmente o tema do HPV, sigla de papiloma vírus humano, por ser uma das DST mais comum atualmente.
O que é o HPV?
HPV é a sigla de papilomavirus humano (do inglês Human Papillomavirus). Calcula-se que aproximadamente 80% da população contraia um ou mais tipo de HPV em algum momento da vida. É um tipo de vírus altamente contagioso.
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Dentre eles, 30 a 40 podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, alguns são inofensivos e outros podem causar infecções e doenças, a exemplo das verrugas genitais e dos cânceres de colo do útero, vagina, vulva, anus e pênis. Além disso podem provocar alguns tipos de tumores na garganta, benignos ou malignos.
No Brasil, a cada ano, cerca de 20.000 novos casos de câncer de colo do útero surgem. As lesões que precedem o câncer de colo do útero podem ser detectadas no exame de Papanicolaou.
Os cânceres de vagina, vulva e ânus são menos comuns. O exame clinico realizado pelo médico é a única forma de detecção precoce deste tipo de câncer.
Como é possível prevenir-se contra o HPV?
Podemos falar em prevenção primaria através do uso de preservativos que auxilia na redução da transmissão, mas não garante a proteção total contra o contágio.
A vacinação contra o HPV é recomendada pela Organização Mundial de Saúde e, atualmente, faz parte do calendário público de imunizações para meninas de 9 a 13 anos. Consulte o médico sobre os tipos de vacina e as suas indicações.
E existe a prevenção secundária das lesões por DST, que consiste no diagnóstico precoce, antes de se tornar um tipo de câncer. Os principais exames de detecção precoce são o Papanicolaou de colo de útero e do ânus, colposcopia do colo do útero e do ânus, e no caso do homem, exames clínicos com o médico urologista.
Não deixe de se consultar. O diagnóstico precoce das lesões transmitidas sexualmente é imprescindível para definir a melhor conduta e curar a doença.