O câncer de próstata é o um dos tipos de câncer mais frequentes no sexo masculino. A próstata é uma glândula localizada próximo à bexiga cercando a uretra na sua porção inicial. Lembra o formato de uma noz e tem como principal função, armazenar e secretar o liquido seminal (ou esperma).
Geralmente, o câncer de próstata tem crescimento lento e em fase inicial fica contido à glândula. No entanto, há alguns tipos de câncer de próstata de crescimento mais acelerado que podem se espalhar para outras áreas do corpo. Sob este aspecto, torna-se muito importante o diagnóstico o mais precoce possível.
Apesar de não se conhecer exatamente a origem deste tipo de câncer já se tem diversos fatores fortemente relacionados ao surgimento do tumor, como os fatores genéticos, por exemplo. A presença do câncer de próstata em parentes do primeiro grau aumenta a probabilidade de diagnóstico desse câncer em 18%.
Os fatores ambientais e nutricionais tem sido alvo de intensas pesquisas associadas ao surgimento do câncer de próstata. Dados epidemiológicos já apontaram que o câncer de próstata tem maior incidência em regiões onde as dietas são ricas em gorduras.
No início, o câncer de próstata pode não causar nenhum sintoma perceptível.
O tratamento do câncer de próstata em fase inicial pode atingir até 90% de cura. O tratamento pode ser através de cirurgia, radioterapia ou observação vigiada em casos selecionados.
A avaliação que permite detectar o câncer de próstata é o toque retal e a dosagem de PSA (antígeno prostático especifico) no sangue. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), recomenda realizar esta avaliação anualmente a partir dos 45 anos de idade.
Vale reforçar que a detecção precoce aumenta de maneira significativa as chances de cura deste tipo de câncer nos homens.
O câncer de próstata é tratado basicamente por três métodos padrão: prostatectomia radical (cirurgia para retirada da próstata), radioterapia ou terapia por depleção androgênica. A escolha do tratamento baseia-se no estágio do tumor, bem como na sua histologia e grau.
Após o tratamento, os pacientes são acompanhados em intervalos periódicos por meio de exame de toque retal e com medição dos níveis séricos de antígeno prostático específico. O antígeno prostático específico (PSA) é produzido pelas células epiteliais da glândula prostática e, portanto, é específico do tecido prostático. O PSA é detectado no soro somente quando a próstata foi rompida por um câncer, uma hiperplasia benigna, uma prostatite aguda ou após uma biópsia de próstata.
O PSA é amplamente utilizado como marcador de tumor para o câncer de próstata, tanto para detecção como para monitoramento da resposta ao tratamento selecionado.
Apesar da expansão dos conhecimentos epidemiológicos e biomoleculares do câncer de próstata, ainda não se pode predizer quais pacientes irão desenvolver doença clinicamente significativa e quais permanecerão com tumor confinado ao órgão, e ainda, quais deles apresentarão recorrência bioquímica do câncer após a prostatectomia radical.
A detecção de níveis de PSA significa que existem resíduos de tecido prostático. Se houver um aumento no nível de PSA pós-operatório anteriormente indetectável ou estável, deve-se fazer uma busca imediata de doença persistente, recorrente ou metastática.
Avanços na área da pesquisa genética já apontam para marcadores que indicam as chances de progressão da doença para alguns tipos de tumor.